By SRJ - ADM 7 de fevereiro de 2025
Em 31 de janeiro de 2025, a saca de 60 kg de café arábica foi cotada a R$ 2.508,00. Poucos dias depois, em 5 de fevereiro de 2025, o preço alcançou um novo recorde, chegando a R$ 2.617,72.
Principais Fatores para a Alta:
Bienalidade Negativa: O café possui um ciclo de produção bienal, alternando anos de alta e baixa produtividade. Em 2025, estamos em um ano de bienalidade negativa, resultando em uma safra menor.
Condições Climáticas Adversas: Secas e temperaturas elevadas nas principais regiões produtoras do Brasil afetaram a produção, reduzindo a oferta.
Oferta Global Restringida: Problemas climáticos também impactaram outros grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, diminuindo a disponibilidade mundial de café.
Aumento da Demanda Internacional: O consumo de café continua crescendo globalmente, especialmente em mercados emergentes da Ásia e da África.
Valorização do Dólar: A moeda americana em patamares elevados torna as exportações brasileiras mais competitivas, incentivando produtores a direcionarem sua produção para o mercado externo.
Destaque para Goiás:
Embora ainda represente uma parcela modesta da produção nacional, Goiás tem investido significativamente em tecnologias de manejo e práticas sustentáveis para ampliar sua participação na cafeicultura brasileira. Na safra de 2024, o estado registrou um aumento de 30,6% na produção de café arábica, alcançando 263,5 mil sacas.
Impactos no Mercado Brasileiro:
Custos de Produção Elevados: Produtores enfrentam aumento nos custos de insumos e logística, pressionando as margens de lucro. Preços ao Consumidor: O consumidor brasileiro já sente no bolso, com reajustes significativos no preço do café nas prateleiras.
Perspectivas para 2025:
Analistas indicam que os preços podem continuar elevados nos próximos meses, especialmente se as condições climáticas adversas persistirem e a oferta não se normalizar. A primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025 aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas, representando uma redução de 4,4% em relação à safra anterior.
FONTE: SISTEMA FAEG – IFAG
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